Este trabalho toma por objeto as Políticas Nacionais de Segurança Alimentar e
Nutricional (2010) e de Agroecologia e Produção Orgânica (2012) enquanto
estratégias que propõem desenvolvimento de sistemas alimentares sustentáveis,
sensíveis à nutrição, assentados em desenhos agroecológicos capazes de
proporcionar qualidade de vida, além de sustentabilidade econômica e ambiental dos
agroecossistemas. Buscou-se, investigar as percepções de Segurança Alimentar e
Nutricional (SAN) e Agroecologia de interlocutores, vinculados a essas agendas
programáticas, por meio das narrativas em disputa e no poder decisório das múltiplas
relações interinstitucionais em Roraima. Para tal, realizou-se revisão histórica dos
processos de construção teórica e política de SAN e da agroecologia brasileira, além
de entrevistas com os interlocutores mapeados. Observa-se que, apesar dos avanços
teóricos e institucionais, SAN e Agroecologia seguem em disputa pela agenda pública
brasileira, e que, no caso de Roraima, há uma necessidade patente pela construção
participativa de políticas públicas que repensem o sistema agroalimentar local. A
dissertação se divide em três capítulos: o primeiro traz um recorte do processo
histórico e político das questões relacionadas a Alimentação e a SAN no Brasil; o
segundo capítulo abordam-se a construção teórica e história ocorrida em torno da
agroecologia e da produção orgânica brasileira; e no terceiro debate-se as questões
levantadas junto aos interlocutores roraimenses, a respeito da agenda pública de SAN
e Agroecologia em RR.