Este trabalho evidenciou compreender a inserção laboral das mulheres venezuelanas durante o período de 2018 a 2020, através da análise da interseção entre a Operação Acolhida e as dinâmicas de gênero, migração e mercado de trabalho. O texto busca explorar as barreiras, estratégias de adaptação e contribuições das mulheres migrantes para as economias dos países receptores, destacando a centralidade das mulheres venezuelanas nesse processo. O trabalho foi direcionado pela pesquisa bibliográfica e levantamento, a partir do método de análise quantitativa. Além do debate teórico, foi abordado o conceito de gênero, migração e inserção laboral, sendo apresentado um breve panorama das migrantes venezuelanas identificando as barreiras que essas mulheres enfrentam ao procurar emprego em território estrangeiro, destaca as estratégias de adaptação que desenvolvem para superar esses obstáculos e enfatiza as contribuições valiosas que elas trazem para as economias dos países de acolhimento. Como ponto de encerramento deste estudo, ao longo de cinco anos, a Operação Acolhida concentrou esforços na melhoria do acolhimento de migrantes venezuelanos. Diante dos recursos limitados em Roraima, ponto de entrada para outros estados, a interiorização atrai migrantes em busca de oportunidades, permitindo um fluxo eficaz. A análise dos perfis, incluindo gênero, idade e motivações, é crucial para garantir uma transição contínua. O estudo destaca os desafios enfrentados por mulheres venezuelanas no mercado de trabalho brasileiro, ligados a raízes patriarcais e xenofobia, resultando em empregos precários e exposição à violência de gênero.