A pesquisa consistiu em analisar o excesso de prazo nas prisões provisórias de
presos recolhidos na Penitenciária Agrícola de Monte Cristo, em decorrência do
não cumprimento de ordens judiciais de citações e intimações dirigidas aos
presos. Essa situação tem gerado repetidas demandas ao poder judiciário, através
da impetração de Habeas Corpus para garantir o direito de liberdade de presos
recolhidos nas PAMC, devido ao excesso de prazo na instrução criminal. A defesa
dos impetrantes alega violação aos direitos à razoável duração do processo,
previsto noinciso LXXVIII do art. 5.º, da Constituição Federal, atribuindo a demora
na instrução processual à omissão Estatal, o que torna a prisão preventiva,
regularmente determinada, ilegal. Nesse contexto, a presente pesquisa buscou
elaborar um relatório acadêmico que possa servir como subsídio informativo para
o poder público na elaboração de políticas públicas mais efetivas no campo da
gestão penitenciária, de modo a assegurar a aplicação da lei penal e o
cumprimento de decisões judiciais, com a observância dos direitos fundamentais
do preso.